O que tem debaixo dessa roupa?

Uma campanha publicitária feita pela ‘Terre des Femmes’, organização suíça defensora dos direitos humanos, tem a missão de promover a igualdade de gêneros com foco no feminismo, nos mostrando que, o comprimento da roupa de uma mulher não é parâmetro para definir o seu caráter.

Afinal, mulheres só querem sentir-se bem, dentro de pedaços de tecidos usados, muitas vezes, para “acobertar” sua beleza.

Medir o comportamento de uma mulher pela roupa, já deixou, lá no passado, de existir. Mas o machismo, vivo entre os homens e até em próprias mulheres, ainda é assunto que dá “pano pra mangas”.

O valor de uma mulher não deve ser medido pelo comprimento de sua saia, pelo tamanho de seu decote ou do seu salto, mas sim, por sua bondade, simpatia e, quiçá, beleza, seja ela qual for.

Ninguém pode justificar qualquer tipo de ato para a liberdade de se vestir. Cada um é dono de seu corpo, sabe dos seus limites e também do que o faz ser melhor. Não cabe a nós, nem homens e nem mulheres, julgar o estilo de se vestir do outro.

O fato de mulheres estarem de salto alto, e com uma saia mais curta, não quer dizer que ela está em “oferta”, e muito menos que sua índole não é boa. Mostra apenas, que é daquela maneira que lhe convém, seja por style, situação financeira, trabalho, e/ou gosto (que este, não se discute). Conforto e estilo andam de mãos dadas.

Os anúncios dessa campanha foram criados por Theresa Wlokka e alunos da Miami Ad School, em Hamburgo, Alemanha. Nos anúncios, vemos uma régua medindo o tamanho do decote, da saia e até dos saltos altos, e suas escalas vão desde puritana, passando por provocadora, até vagabunda.

Segue abaixo algumas fotos dessa campanha, que diz algo simples, porém genial:

O clichê em dizer que “não se deve julgar o livro pela sua capa” encaixa-se perfeitamente nessa campanha. O papel principal das mulheres é valorizar-se. E o quesito valorização não está interligado a nenhuma vestimenta, muito menos ao tamanho dela.

Uma salva de palmas, a mulheres que sabem que valem mais que qualquer “minissaia”, e que são muito mais importantes que “um decote ousado”. Caráter não se julga não se compra. Nasce-se com tal, e o lapida durante toda a vida.