Até onde vai a sua selfie?
Manter-se conectado a todo momento, segundo Hoskins, já é parte integrante da experiência de estar em qualquer lugar e se tornou uma espécie de compulsão. Registrar os momentos com vídeos, atualizações de status e selfies é inevitável, mas podemos estar ultrapassando os limites.
Fotografar a si mesmo não é uma exclusividade da era digital. Vira-e-mexe aparecem imagens antigas, feitas em câmeras analógicas, e que em tempos mais recentes acabaram recebendo o nome de “selfie”. E, de tão populares, tornaram-se alvo de críticas – Barack Obama e outros políticos no funeral de Nelson Mandela é um exemplo -, mas também de oportunidades – como pudemos ver no Oscar, com Ellen DeGenere reunindo algumas das principais estrelas da atualidade em uma selfie registrada com um Galaxy, e fazendo Samsung e Twitter rirem à toa.
Quando “passeamos” pelas redes sociais, parece que o mundo é completamente perfeito, sem defeitos, filtros lindos de pôr do sol, praias maravilhosas e bebês fofos.
Mas você já parou para pensar se fizéssemos selfies em todas as nossas situações? E que realmente existem tais acontecimento que precisam ser vistos de melhor forma, do que um simples click?
Como seria se os pequenos cidadãos que vivem em situação de risco social, em meio a zonas de conflito, por exemplo, retratassem o seu dia a dia através de cliques no Instagram?
O resultado com certeza seria tão desagradável quanto a realidade a que essas crianças são submetidas.
Por isso, para tentar despertar a empatia das pessoas, a Sancho BBDO criou peças que chocam e falam por si só. Nelas, a realidade dessas crianças é retratada com a mesma naturalidade com que postamos nossas selfies no Instagram.
Mas o que empatia tem a ver com isso?
Digamos, então, que a empatia seria uma espécie de ponto de partida para termos um pouco de noção sobre o mundo ao nosso redor. Seria como perceber que determinadas coisas que fazemos podem afetar o outro de uma maneira muito diferente do que nos afeta. É como quando você faz algum comentário e não percebe que aquilo pode ofender alguém, porque a princípio você não considerou isso ofensivo.
Hoje em dia, com a era do selfie, queríamos apenas ser aquelas pessoas, em dias felizes, e não tentamos entender, que dia realmente está sendo aquele, e como a pessoa está se sentindo, no caso, ter empatia.
Vamos pensar e agir corretamente? Lembrar que somos seres humanos muito melhor por trás de fotos cheia de sorrisos e glamour! Vamos pensar um pouco na nossa sociedade, que se acaba em uma imensidão de mentiras, grande parte das vezes.
Já tirou seu selfie hoje? Vamos trocar um selfie por um abraço amigo? Ou tiramos um sefie deste momento? Eis a questão, e viva, as redes sociais!
Por: Jaqueline Franciscone
Pisciana, apaixonada por arquitetura e pelos mínimos detalhes da vida. Marketeira por opção, de opinião forte mas, de coração mole. Louca de consciência tranquila.
Pisciana, apaixonada por arquitetura e pelos mínimos detalhes da vida. Marketeira por opção, de opinião forte mas, de coração mole. Louca de consciência tranquila.
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